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    Terra Brava volvió a presentar otro gran espectáculo para los amantes del Toro de categoría

    50 anos de um Concurso de Toiros

    50º CONCURSO DE GANADARIAS

    Arena d’Évora, 17 de Maio, 2009

    Se há corrida com vincada importância para os aficionados do Alentejo, e Portugal em geral, é o concurso de ganadarias em Évora. Prova disso, e a acrescer à enorme afluência de público é o facto de este ano se ter realizado a 50ª edição.

    E sendo a corrida um concurso de toiros, era neles que o público mais depositava interesse e atenção.

    Depois de no ano passado, a empresa Terra Brava ter revolucionado com sucesso, na introdução de ganadarias espanholas em concurso, este ano voltou a repetir dose e de novo com êxito. E como em equipa que ganha não se mexe, as ganadarias escolhidas para este ano foram as mesmas. Miura, Palha, Partido de Resina, Victorino Martin, Murteira Grave e Passanha, foram as peças de arte que os cavaleiros João Moura, António Telles e António Maria Brito Paes lapidaram. Os grupos de forcados de Montemor e Évora ficaram encarregues de os pegar.

    Todos os toiros foram bastante colaboradores, justificando a sua presença numa corrida concurso, onde se disputa apresentação e bravura. Serviram para uma corrida com bom andamento e motivos de interesse.

    O toiro de Miura, pesou 600 kg, era alto, saiu bem, mas cedo foi a menos, revelando-se paradote. João Moura cumpriu na ferragem comprida. Nos curtos, evidenciou-se na brega para colocar a rês em terrenos que a permitissem arrancar, houve uma ou outra vez que abriu a quarteio antecipadamente, mas cravou sempre no sítio, com duas passagens em falso para deixar um ferro de palmo.

    O toiro Palha, que tocou a António Telles, acusou na balança, 650 kg. Era imponente, e o cavaleiro tentou recebe-lo com um ferro à porta gaiola, mas sem sucesso. Cravou depois três ferros compridos, com destaque para o terceiro, de praça a praça e com a rês a arrancar primeiro ao cite. Nos curtos aproveitou as qualidades do Palha para exibir o seu toureio frontal, indo à cara do toiro e cravando com acerto. O toiro, que ficou aquém do exemplar da mesma ganadaria do concurso do ano passado, não defraudou e foi na minha opinião o mais bravo da corrida.

    O toiro de Partido de Resina pesou 565 kg, revelou-se algo distraído, sem investida larga, e coube a António Brito Paes lidá-lo. Deixou bem dois ferros compridos. Efectuou uma passagem em falso para o primeiro curto, com o toiro parado, sem perseguir a montada. Mas a actuação saiu regular com o jovem cavaleiro a deixar bem no sítio mais três ferros.

    João Moura teve depois pela frente o toiro de Victorino Martin, com 510 kg, de lide fácil e que permitiu ao cavaleiro de Monforte exibir-se no seu estilo toureiro, entre ladeios e recortes que chegaram facilmente às bancadas. O toiro foi andarilho, perseguia sem maldade, mas Moura soube ainda assim dar-lhe vantagem, deixando-o partir primeiro para depois lhe cravar bem os ferros da ordem.

    O Murteira Grave, não negou o que é, toiro de uma das ganadarias portuguesas mais temidas. Pesou 580 kg, e acusou génio toda a lide de António Telles, que por duas vezes sofreu toque na montada. Foi rês que transmitiu emoção e perigo às bancadas com as suas arrancadas bruscas. António Telles teve muito labor para se aguentar com o toiro e conseguiu ainda assim deixar a ferragem.

    O último toiro da tarde, um Passanha com 600 kg, saiu alegre à praça. Esteve bem António Brito Paes nos três compridos que cravou, teve uma actuação bem conseguida até ao fim do terceiro curto. Porque depois, efectuou quatro passagens em falso para deixar um ferro de palmo, face à rês ter vindo a menos e não se acoplar na reunião, mas também porque o cavaleiro denunciava a viagem cedo demais.

    Pelo grupo de Forcados Amadores de Montemor pegou, José Maria Cortes que se aguentou bem à primeira frente ao Miura; João Tavares numa pega rija ao ex-Pablo Romero também à primeira; Pedro Santos, a dobrar João Romão, à quarta tentativa do grupo, com ajudas carregadas para pegar o Grave. Pelo grupo de Évora pegou Manuel Rovisco à terceira com ajudas na pega ao Palha; Bernardo Salgueiro Patinhas à segunda a recuar bem ao pegar o Victorino Martin; e Francisco Garcia à terceira com as ajudas em cima do Passanha.

    No final, a Tertúlia Tauromáquica Eborense, como júri do concurso, decidiu atribuir o prémio Apresentação ao toiro de Murteira Grave, assim como, para surpresa de todos, o prémio Bravura. O Dr. Joaquim Grave acolheu das mãos de Carlos Pegado os troféus, com algum espanto, mas do seu sentido de honradez e justiça, entregou à representante da ganadaria Palha, o troféu Bravura. O público assim como ao ter conhecimento do prémio Bravura ao grave, contestou, do mesmo modo aplaudiu a atitude do ganadeiro.

    Dirigiu sem problemas o Sr. Agostinho Borges, assessorado pelo veterinário Dr. Matias Guilherme, numa corrida de interesse e resultado bastante positivo, pois vai sendo difícil ver-se numa só corrida, o curro completo com qualidade e condição de lide.

    PATRICIA SARDINHA, subdirectora de NATURALES